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Designing My Dream Life

21 de Fevereiro, 2024

Sobre a Criatividade

Em setembro escrevi no blog e tentei definir o que era, para mim, a criatividade.

Tenho pensado muito sobre toda esta questão da criatividade e o que isso realmente significa para mim. Quando falo em criatividade não me refiro ao ato literal de criar algo novo, como um texto ou uma pintura.

Para mim, a criatividade é a possibilidade de poder pensar e imaginar sem limites. De sonhar para além do que já foi feito e reinventar o que já vimos fazer tantas vezes. É a opção de escolha entre o simples e fácil ou o complexo que desafia e exige (auto)crítica.

É o tempo que não é passado a pensar em maneiras de ser produtivo e que acaba, por algum motivo, a aumentar a produtividade. E é, também, a permissão própria de ter más ideias e de as aceitar como elas são.

Este tema continua relevante na minha vida. Tenho refletido bastante sobre como é que isto de ser criativa influencia a minha vida e como me posso aproveitar desta criatividade. Quais os passos para encontrar inspiração, e o que fazer com ela depois.

Hoje, decidi vir partilhar algumas notas sobre este tema, umas coisas que fui aprendendo e apercebendo no decorrer desta jornada.

1. A criatividade requer coragem

O dia em que decidimos que somos ou que queremos ser criativos é um dia importante e decisivo. Depois da realização de que queremos viver uma vida criativa - seja em que área for - precisamos de agir. E essa ação requer coragem. 

À  primeira vista, pode parecer que não e que isto é um exagero, mas à medida que avançamos neste caminho para a criatividade e quanto mais nos ligamos com esse nosso lado mais nos apercebemos de toda a coragem que é, realmente, necessária.

É preciso coragem para começar e dar aquele primeiro passo onde tudo ainda é desconhecido. Coragem para partilhar com os outros o que se fez e ouvir diferentes opiniões. Coragem para ir atrás daquela voz que nos chama a ir mais longe, e coragem para não ter medo do julgamento que pode chegar. É preciso coragem para continuar, coragem  para calar as próprias dúvidas e coragem para sonhar.

Coragem para romper com o esperado e expectável, coragem para continuar a tentar quando o falhanço parece ser a única coisa que conseguimos criar e coragem para termos a audácia de achar que vamos mesmo conseguir.

(E já sabemos: nem sempre é  fácil ter coragem. Por vezes, é mais fácil ficar na zona de conforto, é mais fácil não arriscar e não tentar. É mais fácil ficar tudo o mesmo. Mas será que é melhor?)

Acima de tudo, sinto que é preciso coragem porque estamos, se assim o quisermos, a mostrar a nossa vulnerabilidade. A expressar os nossos pensamentos profundos ou aqueles que passam de relance, as nossas emoções verdadeiras ou aquelas que, quase sem querer, admitimos que gostávamos de ter

 

2. Confia na tua criatividade

Muitas vezes, estamos programados para seguir o que é o suposto, o que é o caminho mais comum. Somos ensinados desde cedo a seguir determinadas regras, mas para nos conectarmos de modo pleno com a nossa criatividade precisamos de desafiar essa mentalidade.

Se confiar em nós próprios parecer demasiado arriscado, proponho confiarmos na nossa criatividade. Confiar que somos capazes, confiar que aquilo que sentimos nos está a indicar o caminho certo. Confiar naquela sensação que nos motiva e incentiva a fazer mais e melhor, e que nos diz que é precisamente isso que precisa de ser feito.

Confiar na nossa criatividade também significa confiar no processo criativo em si - e saber que haverá momentos de bloqueio, em que não nos sentimos conectados com o nosso lado criativo. Mas essa confiança permite-nos seguir caminho, por saber que estas alturas fazem parte da jornada e que a inspiração está por aí à espera de encontrar o caminho até à nossa criatividade.

Para além disso, confiar na nossa criatividade implica também sabermos filtrar a opinião do outro, sem descurar a sua importância, ao saber que estamos no que sentimos ser o caminho certo.

No final do dia, confiar na nossa criatividade significa acreditarmos no poder que ela pode - e consegue mesmo - ter.

 

3. Sonha Alto

Não devemos definir objetivos pequenos e que pareçam fáceis ou simples de atingir. Temos de sonhar. Sonhar muito e sonhar alto. Sonhar como se tudo fosse possível e sonhar como se fosse a única coisa que podemos fazer.

Imaginar o que parece ser impossível e tentar fazer precisamente isso. 

Sem deixar de lado a importância do sonho, é importante perceber que ele sozinho não é suficiente: é preciso compromisso, dedicação e trabalho árduo para os sonhos se materializarem.

Não podemos deixar que os nossos sonhos não passem de isso, é preciso trabalhar e correr atrás deles - para um dia, quem sabe, serem os sonhos a correr atrás de nós.

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