E quando o silêncio deixa de ser mais fácil?
Então lá foi, e perguntou. E - como a parte pessimista de si esperava - ouviu um não. Mas isso não causou tristeza- desta vez, já não dava mais para ficar calado.
Há uns tempos escrevi aqui sobre as vezes onde o não é garantido, mas a facilidade do silêncio acaba por falar mais alto. Mas e o que acontece quando o silêncio deixa de ser fácil? Quando já sabemos tão bem o que queremos que temos vontade de sair à rua e gritar bem alto? O que fazemos quando chega a um ponto em que o silêncio começa a ser ensurdecedor?
A resposta é simples: ganhamos coragem, enchemos o peito de ar, e dizemos aquilo que tanto queremos dizer.
E depois, podemos ouvir um não, damos com o nariz na porta e ficamos com vergonha.
Mas! Ao menos tentamos: e, se calhar, perceber que tivemos essa coragem toda quase que sabe melhor do que ouvir um sim.
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