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Designing My Dream Life

22 de Dezembro, 2023

Aprender malabarismo

Um dia (só) tem 24 horas, e nesse tempo queremos ter tempo para tudo: para estudar, para trabalhar, para descansar, para fazer hobbys, para estar com a família, para estar com os amigos e para estarmos nos nossos afazeres. E rapidamente percebemos que o tempo não estica, e que, por mais que quiséssemos, o tempo não dá mesmo para tudo. 

Então, aprendemos a importância do verbo priorizar. Temos de perceber o que é que é não negociável, e quais são as áreas que vamos privilegiar. E nem todos os dias nem em todas as semanas estas prioridades vão ser as mesmas - e, atrevo-me a dizer, ainda bem. É que é nessa capacidade de hierarquização que vamos conseguindo, pouco a pouco, encontrar algum equilíbrio entre tudo o que queremos e tudo o que temos de fazer.

Ao decidirmos o que vem primeiro e o que vem depois, aprendemos também a dizer que não. E ao nos libertarmos da pressão e da pressa de fazer tudo e tudo ao mesmo tempo, abrimos espaço para nos concentrarmos naquilo que realmente (nos) importa - mesmo que isso mude todas as semanas.

Mas priorizar nem sempre é fácil: queremos estar em todo o lado ao mesmo tempo, fazer tudo em simultâneo, apagar 100 fogos de uma só vez. E no meio disto tudo, esquecemo-nos que somos  1 entre tantos outros seres humanos, que  tem 24h para utilizar num dia.

Nesta busca incessante por completar toda a nossa lista infinita de tarefas e de vontades, percebemos que há escolhas que têm de ser feitas, compromissos que têm mesmo de ser cumpridos e algumas coisas que, inevitavelmente, vão ter de ficar para outro dia.

E lá vamos navegando pelas semanas, a perceber o que é, em cada dia, mais importante para nós. O que é que precisamos e o que é que nos faz mesmo falta. A tentar equilibrar o que queremos com o que temos, a balançar o tempo que parece escasso com as tardes onde não apetece fazer nada.

Lá vamos navegando pelas semanas a fazer malabarismo com o tempo, e aprendendo a lidar com a frustração de que há dias em que parece que estamos a deixar cair as bolas todas, e outros em que nos sentimos bem porque somos os melhores malabaristas que conhecemos.

M