A bússola moral
Há uma coisa que sei: as nossas ações não podem ser a bússola moral para julgar as ações dos outros e dizer se elas são corretas ou erradas. Achar que este é o melhor critério seria como admitir que nós é que somos detentores da verdade absoluta.
Mas se não é esta a bússola certa, então qual é que pode ser? Quando é que podemos dizer que uma ação que o outro fez foi correta ou incorreta? É porque nos magoa? É porque nos põe a sorrir?
Já sei: não temos legitimidade nenhuma para julgar o que os outros fazem. E a resposta que estou à procura se calhar até devia ser outra: como é que eu me posso focar em agir de modo correto e coerente? E como é que lido quando alguém faz uma coisa que eu não faria e que me magoa?
Outro dia, alguém me disse que tinha mudado o discurso de faço aos outros o que gostaria que me fizessem a mim, para faço aos outros o que eles gostariam que lhes fizessem, porque a primeira opção seria como centrar em si o que está certo e errado. Não vou mentir, isto deixou-me a pensar.
(Ainda assim, continuo à procura de respostas. Afinal, qual é a bússola que posso usar?)
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