Designing My Dream Life

O caminho bonito é o caminho feito com sol. É o caminho fácil, com uma direção clara do rumo a seguir. É apetecível este caminho sem desvios, sem bifurcações e sem dúvidas - a ordem é ir sempre em frente. É simples, esse caminho, porque é a única opção que se tem.

Mas o que é que acontece quando, no meio de uma previsão de céu limpo, aparece um nevoeiro? Fica dúbio qual o caminho a seguir. Não se vê mais além do que a um palmo dos olhos, e o medo do incerto encobre a alma mais do que as nuvens cinzentas tapam a jornada. O que antes parecia tão certo é agora um labirinto de dúvidas e incertezas. Qual é o sentido da caminhada? Para onde se deve ir? O que até então era simples e fácil, exige agora coragem e uma pitada de intuição.

É estranho, de repente, tudo ficar cinzento. É difícil não saber qual o caminho a seguir, e qual o caminho que espera por nós.

A neblina obriga-nos a parar para refletir sobre qual o rumo a tomar. Não é que o nevoeiro seja feio, só se torna desconfortável não sabermos que direção estamos a tomar.

É tentador ficar à espera que as nuvens fujam e o sol volte a brilhar, mas por vezes não nos podemos dar ao luxo de ficar parados, ansiando por uma melhor previsão metereológica. 

Precisamos de nos fazer a caminho. Desbravar o nevoeiro, trocar o incerto por decisão, e mudar os planos até então feitos.

Não é que o nevoeiro seja feio, só não nos deixa ver o que aí vem.

M

De vez em quando, por um milagre cósmico, uma coincidência feliz ou um mero acaso - como lhe quisermos chamar - os astros alinham-se e as coisas correm bem. O autocarro chega mesmo na hora certa, o semáforo está verde quando chegamos à passadeira e o trânsito colabora com a pressa da deslocação.

Conseguimos na loja a última peça do tamanho pretendido e fez sol mesmo no momento em que tínhamos marcado o piquenique. A fila do café foi rápida e quem nos atendeu simpático.

E nada importa se isto é o destino a trabalhar, se foram as preces que foram ouvidas ou se foi tudo só por acaso.  A ordem é aproveitar enquanto dura. Se o mundo decidiu sorrir para nós, nós decidimos sorrir de volta. 

É que de quando em vez, os astros alinham-se. Os azares fazem uma pausa - o copo escorrega da mão, mas o vidro não se parte. Não há 7 anos de azar, há 7 dias de sorte. 7 dias de serenidade.

Nessas alturas, deitamos a cabeça na almofada com um coração tranquilo por saber que, afinal, a vida às vezes também conspira a nosso favor. E pode nada ter mudado, mas tudo está diferente. Os astros alinharam-se para nos mostrar que as montanhas russas têm períodos calmos, e a vista que nos rodeia é bem mais bonita do que achávamos.

M