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Designing My Dream Life

04 de Outubro, 2023

100 textos felizes!

Um dia aleatório em Liubliana decidi criar um blog. Nessa noite deitei-me tarde porque o meu cérebro não parava de ter ideias sobre o que podia escrever, e no dia seguinte mal acordei pus, como se costuma dizer, mãos à obra. E apesar deste blog não ser a maior obra de arte que existe por aí, é uma obra que me deixa mesmo muito feliz e orgulhosa de ter construído e mantido.

Sempre com a mesma vontade de escrever, este pequeno espaço digital tem sido um refúgio de muitos textos diferentes: divagar sobre pensamentos aleatórios que me vão surgindo, partilhar experiências que vou tendo e explorar alguns assuntos que às vezes me pesam um bocadinho os dias.

De quando em vez a inspiração insiste em esconder-se, e obriga-me a ir à procura dela, e esse também tem sido um desafio muito giro! Quase que me obrigo a encontrar encanto no que noutro dia qualquer seria mundano, e olho para o que já vi mil vezes com olhos que procuram propositadamente por alguma pitada de criatividade. Agora tento, conscientemente, encontrar inspiração em todo o lado possível e qualquer coisa que ouço ou que vejo já se torna, de repente, um título para uma possível crónica. Já tive muitas ideias que não deram em nada, e textos que surgiram quase sem dar por isso, mas tudo o que saiu cá para fora foi feito com muito carinho.

Uma coisa que tem sido muito gratificante também é carregar no botãozinho das estatísticas e ver números que nunca pensei que fosse ver. E apesar de saber que a vida não se traduz em números, tenho a consciência que por detrás de cada dígito está uma pessoa real que realmente lê (e, atrevo-me a dizer, gosta) o que eu escrevo - e por isso sou mesmo muito grata.

O último texto que publiquei - Aprender a Falhar - foi o meu centésimo post no blog! Como assim eu tive "conversa" para 100 crónicas? E o melhor de tudo é que houve pessoas a quererem lê-las, e que comentam e elogiam!

Nunca pensei em desistir, mas tenho de confessar que também nunca pensei que ia escrever tanto.

Obrigada a todos os que estão do outro lado e que continuam a ler e a apoiar-me, principalmente os meus pais e os meus avós que desde o primeiro dia ganharam o prémio de fãs número 1!

M

02 de Outubro, 2023

Aprender a falhar

Nos últimos tempos tenho-me desafiado a aprender uma série de coisas novas - nas quais fui, inevitavelmente, má no início. E isso tem-me feito refletir sobre tudo o que aprendemos sem querer quando queremos aprender algo. 

É que quando estamos a aprender a fazer uma coisa nova, não estamos só a aprender isso - acredito que estamos, também, a aprender a falhar.

Acho que todos quando nos propomos a aprender e a fazer determinada coisa, fazemo-lo com o objetivo de sermos bons nisso - só que muitas vezes nos esquecemos que até sermos bons vamos ter que ser maus primeiros. E ninguém gosta de ser mau a fazer uma coisa. Ninguém fica feliz quando se vê a falhar.

A questão é que precisamos deste falhanço! Sem ele, não avançamos. Precisamos de pôr a paciência em prática quando repetimos durante 3 horas o mesmo ponto de croché, com a professora a dizer que ainda não está tão perfeito como devia estar. Precisamos de saber lidar com a frustração de batermos na bola e ela não atravessar o campo. Precisamos de perceber que as coisas não saem bem feitas à primeira tentativa - e, muito provavelmente, também não vão sair à segunda ou à terceira.

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E no meio deste processo todo temos que ter o controlo de não nos criticarmos a nós próprios, de não nos deitarmos a baixo a dizer sou péssimo a fazer isto. Porque claro que vamos ser péssimos a fazer isto - esse é todo o ponto de partida de um caminho de aprendizagem! Temos de mudar o discurso e interiorizar que é ok falhar (até arriscaria dizer que é expectável!).

E depois é preciso andar só um passo de cada vez. (O que, confesso, não é bom para uma mente apressada e qb impaciente...) Não querer passar logo para o desafio final, não querer dar o salto para a parte em que somos realmente bons nessa nova coisa. 

Porque acredito que o caminho até esse destino (que achamos que existe) está cheio de aprendizagens e não vale mesmo a pena querer saltar isso tudo à frente.

M

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